Fechamento do país para todos os estrangeiros foi definido em novembro para conter a ômicron“Tomando as medidas de fronteira mais rigorosas do G7, conseguimos garantir tempo para nos preparar para o aumento da infecção doméstica, minimizando o influxo da cepa ômicron”, afirmou em uma coletiva de imprensa.
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Ministro da Saúde diz que variante do coronavírus já responde por cerca de 40% das infecções em Londres. Boris Johnson alerta para "maremoto" da ômicron e promete doses de reforço para todos os adultos até o fim do ano.
O Reino Unido afirmou nesta segunda-feira (13/12) que a variante ômicron do coronavírus está se espalhando no país a um "ritmo fenomenal", já respondendo por cerca de 40% das infecções em Londres, e que a população deve urgentemente receber uma dose de reforço da vacina contra a covid-19.
Levantamento da plataforma Our World in Data mostra que nova variante do coronavírus já é responsável por mais da metade das infecções no país e que casos explodiram em duas semanas. © Rodrigo Paiva/Getty Images Provided by Deutsche Welle A variante ômicron do coronavírus já é dominante no Brasil, sendo responsável por 58,33% dos casos de covid-19 sequenciados no país, segundo levantamento da plataforma online Our World in Data. Vinculada à Universidade de Oxford, a Our World in Data é considerada uma referência na publicação de dados sobre a pandemia.
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Neste domingo, o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que um "maremoto" de ômicron está prestes a atingir o país. E o governo afirmou que se não forem adotadas medidas, um milhão de pessoas poderão ser infectadas pela nova variante até o fim de dezembro.
Somente no domingo, 1.239 novos casos da ômicron foram confirmados no país, elevando o total detectado para 3.137 – 65% a mais que os 1.898 acumulados até o dia anterior. O Reino Unido detectou os primeiros casos da variante no país em 27 de novembro.
"O que sabemos sobre a ômicron é que ela está se espalhando a um ritmo fenomenal, algo que nunca vimos antes, as infecções [pela variante] estão dobrando a cada dois ou três dias", disse o ministro da Saúde britânico, Sajid Javid. "Isso significa que estamos diante de um maremoto de infecções, estamos novamente numa corrida entre a vacina e o vírus."
Resultados preliminares ainda não foram revisados por pares. Especialistas alertam contra excesso de otimismo, ressaltam que cepa se espalha mais rápido e que cifra de infecções pode sobrecarregar hospitais. © Steve Parsons/Getty Images Um dos estudos registrou diminuição de entre 20% e 25% no tempo de internação entre pacientes com ômicron Dois estudos do Reino Unido sugerem que as infecções com a variante ômicron da covid-19 têm menos probabilidade de resultar em hospitalização, comparadas com a variante delta.
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Cientistas afirmam que a ômicron, muito mais transmissível que outras cepas, é capaz de infectar pessoas que receberam duas doses de vacina.
Dados preliminares revelados na última sexta-feira apontaram que a eficácia da vacina contra infecções sintomáticas é significativamente menor contra a ômicron para quem recebeu duas doses, mas que uma terceira dose de ambas as vacinas usadas no país – Pfizer e Moderna – pode aumentar a proteção para mais de 70%.
Javid afirmou que, embora nenhuma morte tenha sido confirmada e apenas dez pessoas tenham sido hospitalizadas em decorrência da ômicron na Inglaterra, a variante provavelmente está por trás de cerca de 40% das infecções em Londres.
Segundo o ministro, apesar de os sintomas da cepa possivelmente serem mais leves, a não ser que o governo aja, o sistema de saúde poderá ficar sobrecarregado.
"Mesmo quando um vírus é ameno, uma pequena porcentagem de pessoas de um grande número [de infectados] ainda pode equivaler a um número elevado de hospitalizações", disse Javid.
Maioria das evidências até agora se baseia em experimentos de laboratório, que não capturam toda a gama da resposta imunológica do corpo. Mas, ainda assim, os resultados são alarmantes, apontam especialistasQuer se manter informado, ter acesso a mais de 60 colunistas e reportagens exclusivas?Assine o Estadão aqui!
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"Duas doses não são suficientes, mas três doses ainda oferecem excelente proteção contra infecções sintomáticas", ressaltou.
Horas depois de especialistas do governo britânico elevarem o nível de alerta para a covid-19 para 4 numa escala de 5, Johnson afirmou num pronunciamento neste domingo que o programa de aplicação de doses de reforço deve ser acelerado.
"Sabemos, a partir de uma experiência amarga, como essas curvas exponenciais de desenvolvem", disse, apontando que cientistas ainda não têm certeza se a ômicron é menos grave que outras variantes.
Johnson disse que as pessoas deveriam se apressar para receber uma dose de reforço para proteger "nossas liberdades e nosso modo de vida", afirmando que o sistema de saúde teria dificuldades de lidar com hospitalizações se a variante se espalhasse por uma população somente duplamente imunizada.
"Todos com mais de 18 anos aptos a serem vacinados na Inglaterra terão a chance de receber a dose de reforço antes do Ano Novo", afirmou o premiê, que classificou a disseminação da ômicron de uma emergência.
Segundo primeiro-ministro britânico Boris Johnson, nova variante está causando internações hospitalares; ele pediu à população que tome dose de reforço.Johnson disse que a nova variante também estava causando internações hospitalares e que a "melhor coisa" que as pessoas podiam fazer era receber uma dose de reforço.
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© Tim Hammond/Avalon/Photoshot/picture alliance Johnson disse que as pessoas deveriam receber uma dose de reforço para proteger
A partir desta semana, pessoas com mais de 18 anos poderão receber a terceira dose na Inglaterra, contanto que ao menos três meses tenham se passado desde a segunda. Para acelerar a imunização, 42 equipes militares serão acionadas, e novos locais de vacinação serão abertos.
A Escócia estabeleceu a mesma meta de oferecer a todos os adultos uma dose de reforço até o fim do ano, e a Irlanda do Norte também disse que acelerará seu programa de imunização.
Segundo a BBC, a meta anunciada por Johnson não significa que todos os adultos receberão a dose de reforço até o fim do ano, mas que terão a oportunidade de ao menos agendar a aplicação.
Em resposta à ômicron, o primeiro-ministro pediu que as pessoas trabalhem de casa se possível a partir desta segunda e determinou a obrigatoriedade de máscara em grande parte dos locais públicos fechados.
Além disso, deverá ser obrigatório apresentar um certificado de vacinação ou um teste negativo para covid-19 para entrar em casas noturnas e grandes eventos a partir de quarta, se a medida for aprovada pelo Parlamento.
lf (Reuters, AFP)
A subvariante BA.2 pode reinfectar quem já pegou a ômicron? .
Será que quem contraiu a primeira versão da cepa ômicron pode se reinfectar com a BA.2? Quando a variante ômicron começou a se espalhar no final de 2021, ela provocou o maior surto da pandemia de coronavírus. Acreditava-se que a ômicron causava infecções mais leves do que as variantes anteriores, mesmo sendo mais infecciosa. Tanto as pessoas que já haviam se recuperado da covid-19 quanto as vacinadas contraíram a ômicron — mesmo aquelas que receberam uma dose de reforço da vacina anticovid. A subvariante BA.2 pode ser mais contagiosa que a ômicron original, conhecida como BA.1.