BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) quer aproveitar a reforma ministerial em abril para tentar ampliar sua influência no comando do Exército em ano eleitoral, quando disputará a reeleição. Integrantes do governo dizem que uma promoção do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, atual comandante do Exército, para o cargo de ministro da Defesa serve a dois propósitos: colocar à frente das três Forças um nome que agrade o Exército, que reúne o maior número das tropas, e, principalmente, acomodar à frente da Força terrestre alguém alinhado ao Palácio do Planalto.
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O chefe do Estado-Maior do Exército, general Marcos Antonio Amaro dos Santos, disse nesta 5ª feira (7.abr.2022) que o Brasil precisa estar de prontidão para uma possível guerra. Citou o conflito no leste europeu para dizer que a tropa deve estar preparada.
“A guerra não precisa de convite. E ela chega mais cedo para os despreparados. Assim, devemos ter poder dissuasório para desencorajar, com meios convencionais, ameaças à nossa soberania”, disse Amaro em cerimônia de promoção de oficiais-generais, no Clube do Exército, em Brasília.
Formulário de cadastroParticiparam do evento o presidente Jair Bolsonaro (PL), a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes. Nenhum deles discursou.
A recente morte de um camponês ao pisar em uma mina terrestre expõe a crescente militarização dos grupos de traficantes de drogas do México.O incidente registrado no município - bastião do Cartel Jalisco Nova Geração (CJNG) e onde nasceu seu líder Nemesio Oseguera Cervantes, o "Mencho" - está longe de ser uma ameaça pontual.
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O general disse que é função do Estado viabilizar recursos orçamentários para ampliar e renovar o efetivo de equipamentos com itens mais tecnológicos.
“A Estratégia Nacional de Defesa prevê que ao menos 2% do Produto Interno Bruto do País devem ser destinados ao preparo das Forças Armadas. A responsabilidade pelo cumprimento e pela satisfação das demandas da Defesa Nacional não cabe exclusivamente aos militares. Ao contrário, cabe ao Estado Brasileiro”, declarou.
Ucrânia
Segundo o chefe do Estado-Maior, há a guerra travada no Leste Europeu, há “a tentativa de imposição da narrativa pelos contendores, a ameaça da utilização de armamento nuclear, a percepção de lideranças fracas e fortes em nível mundial e o valor moral das tropas em confronto”.
O general finaliza seu discurso dizendo que a guerra ou a possibilidade de sua existência forma “ um elo indissociável entre os militares e a Nação”.
Guerra na Ucrânia interrompeu expansão da indústria de tecnologia no Leste Europeu .
Após o fim da União Soviética, a Internet se tornou a cola que uniu os países, que viraram casa de alguns dos melhores programadores do mundo a superar as economias problemáticas de seus países e encontrar trabalho com salários bem maiores do que ganhariam de outra maneira. Há mais de um milhão de profissionais de TI na Rússia, Ucrânia e em Belarus, cerca de um quarto deles trabalham para empresas de terceirização de serviços que atendem clientes fora da região, de acordo com a Gartner, empresa de pesquisa e consultoria.